domingo, 11 de maio de 2008

A queima morreu

Juro que a minha vontade é dizer a toda comunidade estudantil de Coimbra que mais vale enfiarem a famosa queima das fitas no mesmo saco em que se enfiam todas as outras festas académicas do país.
Os estudantes já nem se dão ao trabalho de vestirem o traje académico para poderem ir gozar aquilo que se chama de festa académica. E as fitas? Sim aquelas coisas que se penduram na pasta académica depois de se queimar o grelo no penúltimo ano do vosso curso... sim aquele ano em que se vai no carro.
Mas o melhor é mesmo dizer aos senhores e senhoras finalistas de um curso superior, que quando se coloca a cartola o traje continua a ser necessário. A calça de ganga e a tshirt não são a melhor opção. Digamos que não combina. A minha vontade seria mesmo agarrar nas suas bengalas, e em vez das tradicionais pancadas na cartola a minha vontade seria mesmo poder espancar-los.
A queima morreu... morreu não só porque se mudou o dia do tão famoso cortejo, mas principalmente porque os estudantes deixaram morrer o que de tão único havia na queima das fitas de Coimbra... as suas tradições. Acreditem que sem tradições a queima não é mais que uma ante visão dos festivais de verão deste país.

1 comentário:

Silvia disse...

Pois é, estou em total acordo contigo. A queima morreu! Corro o risco de parecer uma cota a fazer um comentário antiquado,mas não me importo porque - a queima já não é o que era!! Esperamos que as novas gerações não a deixem morrer por completo, mas isso são apenas esperanças!