quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Nova Paixão

Por necessidade de aliviar o stress do dia a dia, ou mesmo só pela necessidade de criar ao com as minhas mãos. Abracei a paixão da bijutaria... Pegar em cristais, missanga, arame, cordel... enfim um numero de materiais para todos os gostos, e criar peças de vaidade.
Não deixa de ser engraçado sair á rua com umas das minhas peças exclusivas ( :=) ), e dizerem assim: "Bem que brincos tão giros!!". Enfim são coisas boas para o meu ego.
Mas a minha necessidade de fazer todos aqueles acessórios não é a elevação do meu ego ás alturas, é sim de simplesmente ocupar a minha cabeça com mais alguma coisa para além da enfermagem.
Acho que estou a passar por uma fase em que preciso de ver os resultados concretos de algo que eu me decido a fazer.
Na enfermagem só se sabe trabalhar... apesar de muita gente não o reconhecer, num turno faz-se muito... trabalha-se muito, mas pelo facto de não se ver muitas vezes um resultado palpável, o reconhecimento raramente chega até quem trabalha. Ao menos enquanto vou fazendo os meus brincos vou vendo o meu trabalho a "fazer-se".

sábado, 30 de agosto de 2008

Uma cara nova por favor!!

Os benefícios para a saúde de uma ida ao cabeleireiro...
Nós, as mulheres temos aquela necessidade de ter de vez em quando uma ida ao cabeleireiro para mudar de cara.
Cabelo novo, vida nova, consegue ser muita vezes uma boa filosofia. É como se muitas vezes os nossos problemas estivessem na ponta dos cabelos e a sua solução seria o escadiado perfeito. Ou então quando se precisa de "passar uma borracha no passado" coloca-se uma nova cor no cabelo.
Uma ida ao cabeleireiro é terapêutico digam o que disserem. Temos esta necessidade de nos sentirmos bonitas por fora, por mais lindas que já sejamos por dentro, e para isso esticamos, cortamos, ondulamos, coloramos e acrescentamos... enfim tudo em nome de uma nova cara.
Gostamos de sentir toda aquela transformação para depois olhar no espelho e dizer: "UAU!! estás linda!!!"
Sair de cabeça linda e erguida do salão e enfrentar o mundo de novo e de cara nova.
Podem até dizer: que coisa mais superficial e fútil... pois eu digo: quem não gosta de se sentir superficial e fútil de vez em quando. A vaidade até uma certa dose aceitável pode ser algo muito saudável.
Sentirmos-nos bem connosco próprias pode por vezes passar por uma mudança de visual. Ou para ser um pouco mais radical; por vezes as pessoas têm necessidade para seguir em frente de cortar os seus longos cabelos e fazer novos caracóis. São atitudes que para o resto do mundo podem ser banais, mas para algumas pessoas passa por um romper de um circulo nas sua vidas... um novo começo.
Por isso dou um viva a todos os cabeleireiros... a esses mágicos da tesoura :)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A saudade de quem fica.

Na minha vida profissional tanto convivo com a felicidade de uma criança com um brinquedo novo, como a seguir sou confrontada com o declínio de um idoso. Mas por vezes o inverso também acontece.. e quando isso acontece sou confrontada com algo que é muito maior que eu... um sofrimento que consegue vazar o mundo de qualquer tipo de felicidade. E eu tenho a dizer que ontem o mundo perdeu um pouco da felicidade.
Ontem houve uma luz do universo que se apagou. Deixou um vazio dentro do coração de quem a amou com todas as suas forças, e ainda achou que foi pouco... mas o amor puro é sempre pouco, porque é o de que mais raro existe neste mundo.
É cruel dizer a alguém que está na hora de partir... é duro sentir que já não há nada a fazer... é angustiante apercebermos-nos de que acabou... mas a morte é mesmo assim, implacável. Passa por onde tem que passar sem parecer sentir remorsos de quem leva debaixo da sua foice.
Só resta mesmo a saudade de quem fica, de quem acha que foi abandonado pela sorte, para quem a vida deixou de ter sentido. Mas eu tenho a certeza que aquela luzinha linda que se apagou ontem irá acender outro local, e de certeza absoluta vai encandear com o seu resplendor interior todos os que a vão rodear. Se nós conhecemos aquela "capa" que era o seu corpo e ficamos extasiados, imaginei os que vão ter o privilegio de conhecer a sua alma como não irão ficar??
Eu acredito... eu acredito mesmo que essa luz brilha já num sitio muito mais bonito que este mundo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Os nossos cães...

Uma das minhas prendas de anos foi uma linda cachorra chamada Lenny. Um bicho que aos olhos de todos será uma "coisinha fofa", mas que aos olhos de quem convive com ela diariamente, será quase o "demo" coberto de pêlo. Mas isso agora não é o mais importante.
O que me levou a escrever hoje foi, e é o facto de todos os anos por esta altura de ferias sermos bombardeados com aqueles focinhos e olhinhos tristes dos cães e gatos que são abandonados. Todos nós temos pena desses animais que por terem donos menos dispostos a leva-los de ferias, e são "obrigados" a abandonar os seus animais.
Claro!!! Toda a gente tem pena dos animais, mas até que ponto somos sensíveis a criar condições para que os nossos animais também possam ir de ferias?
Eu levei a minha tão fofa e estimada cachorra comigo de ferias, e devo dizer que não foi nada fácil. Neste momento quase todas as praias têm acesso negado a cães. Portanto tenho que admitir que os meus dias de ferias giraram muitas vezes em torno de encontrar uma praia com acesso livre a animais.
Defendo que em praias pequenas que esse acesso seja restrito, mas em praias cujos os areais são grandes de perder a vista??? Que justificação existe para isto?O cão começa a ser um animal muito triste... mesmo que os donos o queiram levar de ferias, o acesso ás ferias é muito complicado.
Existem aquelas pessoas que defendem que a praia seja livre de animais porque estes são muito "porcos". Estas pessoas dizem isto porque certamente nunca estiveram numa praia junto de famílias que têm crianças e estas enterram a comida na areia, fazem o seu chichizinho e outros dejectos na areia... já para não falar dos adultos que enterram as fraldas das suas tão lindas crias na areia e a seguir vão fazer o seu chichi nas rochas da praia onde a seguir vamos nós estender as nossas toalhas... E então? Porque não têm estas pessoas um acesso restrito à Praia???
Afinal de contas quem são os Porcos no meio desta pocilga?
Mas estas mesmas pessoas ainda vão argumentar que os animais incomodam pelo barulho e turbulência que podem fazer numa praia. OOOOKKKK!!!
Então aí teríamos mesmo que alienar das praias portuguesas quase todos os seres humanos. Quem nunca levou com uma bola nas costas enquanto relaxa na sua toalha? Então e foi um cão que a atirou?
Quem nunca assistiu a uma birra monstruosa do filho do vizinho da toalha ao lado? Um cão a uivar não faz nos seus piores dias tanta dor de cabeça.
A praia por natureza no nosso país é o local de menos civismo no nosso Portugal. Basta que se olhe para todos os que nos rodeiam.
Mas quem incomoda mesmo numa praia é sem duvida nenhuma o cão... Olha que é preciso ter lata!!

domingo, 22 de junho de 2008

Segredos

Os segredos são uma coisa muito curiosa. Todos nós temos a necessidade quase inata de os ter e ao mesmo tempo é nos quase impossível mantê-los.
Qual é a necessidade de manter-mos segredos uns dos outros?? Porquê? Quando sabemos de "véspera" que assim que forem descobertos regra geral só trazem sofrimento... e sim eles vão ser descobertos, porque o ser humano é um ser curioso e quando suspeita de algo, só pára quando descobre. Pelo menos falo por mim.. porque quando o meu "sexto sentido" me alerta para algo sou como um cão a farejar, e só paro quando consigo desenterrar o "osso".
Eu já tive os meus segredos como toda a gente, mas neste momento suponho que apenas guardo dentro de mim algumas confidências que amigos mais próximos me fazem. Suponho que não gosto de ter dentro de mim o peso de guardar um segredo. Sinto-me como aquela criança que partiu o vaso favorito da mãe e tem medo que ela descubra a asneira.
Já fui um poço de segredos. Segredos meus, segredos de amigos e amigas, segredos de família... enfim a um dado momento da minha vida eu sentia-me "enterrada" em tantos segredos que quase me impedia de respirar.
Mas o pior de tudo é que se podem perder pessoas que para nós são importantes porque a uma dada altura nos pediram para guardar um segredo. É tão triste quando isso acontece... é mesmo triste.
O que eu acho ainda mais deprimente é quando se herda o segredo de alguém. Ou seja, quando alguém chega junto de nós e nos conta algo que não era suposto mais ninguém saber da vida de um terceiro partido e depois remata a conversa com: "Mas não contes a ninguém". E agora o que é que uma pessoa pode fazer? Não há outra alternativa se não manter o segredo que não é nosso e nem sequer nos foi confiado pela pessoa que em primeiro lugar pediu para que fosse segredo. Confuso não?
Mas as coisas são mesmo assim... cheias de confusão... graças a Deus que assim é, porque sem confusão que piada é que a vida tem?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sonhos...

Os sonhos e os seus significados, que influencia podem ter no nosso dia a dia?
Sou uma pessoa que sonha imenso, até demais para ser sincera. Não posso dizer que tenho pesadelos todas as noites, mas consigo andar muito perto disso.
Por vezes dou comigo a vasculhar em livros e até mesmo na net, o significado dos sonhos na tentativa de ter alguma resposta. Os sonhos têm que ter um significado... simplesmente têm de ter, porque senão eu teria que pensar que cerca de 5 horas por dia da minha vida seria um desperdício. Sim porque a partir do momento em que eu adormeço começo logo a sonhar. E esta noite tenho que admitir que foi terrível. Um sonho que me atormentou durante todo o dia e tenho a certeza que vai estar aqui na minha cabeça durante mais alguns dias... Por mais que eu tente fugir dele ele continua a surgir na minha cabeça, e faz-me pensar: "e se este sonho se torna real?", o mundo iria ficar surpreendido com a quantidade de vezes que os meus sonhos se tornam realidade.
Mas é engraçado a quantidade de teorias que giram em torno dos sonhos: que são desejos recalcados, que são avisos, que são apenas uma reciclagem de informação do nosso cérebro... enfim são imensas teorias... mas qual delas é que é a correcta? Em qual acreditar?
Apenas posso dizer que os sonhos fazem parte das nossas vidas, desde sempre talvez. E o seu mistério será sempre um mistério e quanto a isso não há nada a fazer.

domingo, 25 de maio de 2008

AH desabafos!!!

É verdade este blog tem como função principal eu desabafar.. enfim aquele momento de terapia, de que todos nós precisamos.
A vida dá-nos tudo o que precisamos, nós é que somos teimosos que não vimos as coisas à primeira... e por vezes nem à 14 vez.
A minha vida não é diferente da de ninguém, muito pelo contrario é igual a tantas outras. Já fui miserável e já fui a mulher mais feliz do mundo. Já desci ao inferno e brinquei com o diabo, mas logo a seguir subi ao céu só com um beijo.
A vida dá-nos tudo... nós é que deitamos tudo fora, como crianças que deixam de gostar do seu brinquedo.
Gosto de pensar que recebemos o que damos ao mundo... mas tudo me diz o contrario, porque vejo que dou...mas receber começa a não ser igual. A balança começa a estar desnivelada. Sinto-me desequilibrada, desamparada e por vezes terrivelmente sozinha. E esta solidão de pensamentos mata...moí a alma, e cansa um corpo que já está exausto. Não estou a querer dizer que dou mais que os outros... estou a querer dizer que gostaria de receber tanto como os outros. Mas começo a achar que isso não é para mim. Uma vida inteira a dar a quem nunca mereceu, para depois receber o que nunca mereceu.
Ninguém merece os dissabores da vida. Tanto quem nos está mais próximo, como quem nos tanto mal nos teima em fazer.
A vida dá-nos tudo... nós é que... eu é que nunca sei ver o que tenho diante do meu nariz. Choro quando me fazem mal? Para quê? Para que vejam o quanto é fácil fazer-me chorar? Não quero e não vou chorar mais. Não porque sou forte, mas porque as lágrimas vêem de quem se importa ainda com o que sofre... e eu já não me importo mais. Por isso venha vida... faça o favor de me surpreender com o que de pior tem... faça-me cair em mais uma teia, uma artimanha, ou uma armadilha de alguém, que eu estou pronta. Pronta para mais uma vez perder tudo... mesmo o que eu pensava que era meu, mas que nunca me pertenceu. Leva o que quiseres, mas não levarás o meu sorriso que pode não se mostrar na minha cara, mas que está cá dentro. A minha alma vai sorrir de ti infortúnio.

domingo, 18 de maio de 2008

que vida!!!

A maior desvantagem de trabalhar num serviço com cerca de 20 mulheres e 2 homens é as conversas que se têm nos intrevalos. Regra geral anda sempre em volta dos filhos e maridos e sogras e todas essas vidas. Ora como eu sou solteira, sem filhos e um role de relações falhadas, não me sinto muito à vontade para ter este tipo de conversas, e regra geral fico no meu canto calada. O que ontem provou ser um grande erro porque apenas consegui ser o centro das atenções. "Então quando pensas em engravidar?"; "Quando pensas em casar?"; "Vê-lá que já tens quase 28 anos, não estás a ficar mais nova com o tempo!".
E o que é que se pode dizer? Quando a nossa vida enquanto mulher é reduzida a isso, o que é que se pode responder ás pessoas? Só se for um sorriso educado. Ou então aborrecer as pessoas com a historia cruel, mas sempre embelezada, das nossas vidas, em que contamos a "desgraça" que é viver á espera que o nosso parceiro/companheiro se decida... coisa que suscita o maior interesse entra á comunidade feminina de um serviço hospitalar, mas que no fundo no fundo, pouco interessa.
Sei que uma família pode trazer muitas alegrias, e pode mesmo preencher a vida de alguém... mas porquê atormentar as pessoas que ainda não tiveram a real oportunidade de constituir família? (quando digo pessoas falo apenas da pressão que é exercida nas mulheres por mulheres).
E o que realmente consegue chatear, para além das perguntas que são pessoais, é os exemplos terriveis que surgem sempre; de todas aquelas mulheres que esperam até tarde nas suas vidas para engravidarem e provou-se ser tarde demais... Ora vamos lá ver que coisa tão tola para se contar... o que é que é suposto isto me dizer? Como é que saber destes tristes exemplos me podem ajudar no futuro? Acham que só por saber que a vida foi tão cruel para algumas mulheres eu tenho que ir a correr para casa e "trabalhar" numa criança?
Mulheres felizes e com família formada deste mundo... deixem as pobres solteiras e sem filhos um bocadinho em paz...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A tristeza que dá força

A tristeza é uma fonte do força. Força que pode arrasar uma vida inteira, ou ajudar a construir uma nova vida.
Durante esta minha caminhada a minha tristeza já me ajudou muito. Graças a esse sentimento, que tantas vezes está associado a um desespero, já consegui levantar-me, sempre com o coração cheio de esperança de não voltar a cair nela. Mas como toda a gente sabe a tristeza é aquele sentimento que está ali "sempre ao virar da esquina". O que podemos fazer? Encher o peito de ar e dizer para o nosso subconsciente: "engole mais esta". Porque podem dizer o que quiserem, mas não há outra maneira de fazer isto. Ou bem que se engole a tristeza e se aprende a viver com ela e retirar toda a força que se pode dessa aprendizagem, ou então... ou então de que serve aprender a viver

domingo, 11 de maio de 2008

A queima morreu

Juro que a minha vontade é dizer a toda comunidade estudantil de Coimbra que mais vale enfiarem a famosa queima das fitas no mesmo saco em que se enfiam todas as outras festas académicas do país.
Os estudantes já nem se dão ao trabalho de vestirem o traje académico para poderem ir gozar aquilo que se chama de festa académica. E as fitas? Sim aquelas coisas que se penduram na pasta académica depois de se queimar o grelo no penúltimo ano do vosso curso... sim aquele ano em que se vai no carro.
Mas o melhor é mesmo dizer aos senhores e senhoras finalistas de um curso superior, que quando se coloca a cartola o traje continua a ser necessário. A calça de ganga e a tshirt não são a melhor opção. Digamos que não combina. A minha vontade seria mesmo agarrar nas suas bengalas, e em vez das tradicionais pancadas na cartola a minha vontade seria mesmo poder espancar-los.
A queima morreu... morreu não só porque se mudou o dia do tão famoso cortejo, mas principalmente porque os estudantes deixaram morrer o que de tão único havia na queima das fitas de Coimbra... as suas tradições. Acreditem que sem tradições a queima não é mais que uma ante visão dos festivais de verão deste país.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

o primeiro dia

Nunca na minha vida me vi ligada a estas coisas da net. Mas parece que a febre anda por aí e eu não tenho outro remédio se não ligar-me.
Descobri que afinal estas coisas de computadores podem ser divertidas e até bastante uteis... que "cliche".
Sinceramente nunca vi grande bem vindo de um computador, na verdade considero que são verdadeiros portadores de más noticias para a minha pessoa. Mas eu toda a vida escrevi o que me passava pela cabeça em papel, porque não actualizar-me no tempo e fazê-lo num computador?